A arquitetura é uma fonte de emoção. Ela o é em um alto grau, pois, assim como a natureza, nos envolve. Sendo simultaneamente objeto e recipiente, exterior e interior, ela nos envolve e nos contém. Se nos fere, apenas o sono nos permite manter distância. É por isso que, se nossa responsabilidade é imensa, nossa alegria também o é quando os edifícios que criamos têm o poder de tornar as pessoas felizes. Na realidade, esse é o único objetivo que perseguimos: estabelecer, por meio dos espaços que projetamos, uma relação emocional com as pessoas que visitam ou habitam nossas criações. Essa relação se baseia na tríade de Leon Battista Alberti – necessitas, commoditas, voluptas – e encontra sua realização na harmonia. Temos a oportunidade de construir edifícios que, por natureza, estão entre os mais frequentados do mundo: um número impressionante de pessoas vivem ou experimentam nossas obras, o que coloca ainda mais à prova nossa capacidade de emocionar.